quinta-feira, 7 de abril de 2016

Bofetada ou Bofatada?

Podemos ser acusados de muita coisa, mas nunca de sermos um povo aparvalhado ou sorumbático. 
A queda para o anedotário público saído da classe política é antiga e vai fazendo escola. Quem não se lembra do candidato que gaguejou o desconhecimento do pib, de um outro que clamou de dedos levantados o nome do adversário político num comício do seu partido, dos corninhos do ministro ou da tia mansa do outro? Fatal como o destino: quando um ministro, ou equiparado, se irrita lá vai disto. 
Agora é a promessa de umas boas lambadas para aprender a não dizer disparates antigos ou modernos. O senhor ministro da cultura não gostou de umas frases que lhe recordaram certamente alguns momentos menos felizes e ripostou publicamente, na sua rede social preferida, com a ameaça que todos nós conhecemos da nossa infância - ai se eu aí vou, ai se eu te encontro a jeito levas um par de bofetadas que é para aprenderes a portares-te como deve ser! Ai, ai, ai!
Qual democracia, qual carapuça. Liberdade de expressão, mas qual liberdade de expressão.
Meus amigos, o respeitinho é uma coisa muito bonita e recomenda-se. E se a coisa não for lá com uma bofetada, prega-se um par de bofatadas, pois que o "e" substituído pelo "a" tem mais vigor, mais definição de quem manda sou eu. 
Já uma célebre banda cantava há uma vintena de anos, ou estás caladinho ou levas no focinho.

Sem comentários: