Descobri uma boa terapia para ocupar o cérebro: dediquei-me à genealogia. É bom, faz bem e aprende-se imenso.
Já há muito que tinha este bichinho de vasculhar o passado da minha família e, de vez em quando, lançava-me à procura de uma ou outra informação. Mas agora é mais a sério. Tenho lido coisas sobre o assunto, tenho aprendido os procedimentos e cá vou ocupando algumas horas livres com leituras de Livros Paroquiais, onde estão descritos os registos dos nascimentos, casamentos e óbitos. Não é tarefa fácil e há que ter muita paciência: informações precisas, informações confusas, avanços, recuos.
Pode parecer antiquado, monótono até. Mas não. É uma forma intensa de viajar pelas palavras, pelas expressões, pelos nomes e profissões. Liberta da canseira diária da casa e do trabalho, do stress das notícias televisivas, esmiuçadas até à exaustão, do desespero das consequências dos atos dos governantes políticos.
Há muito tempo que aqui não vinha, quase um ano. Já cheirava a mofo. Por isso abri as janelas, sacudi as cortinas e os tapetes e dei-lhe um ar diferente.
Só me falta escolher o tecido para as almofadas. Para condizer com o meu novo interesse.
da net |
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