Li algures na internet que:
« Em 1582, durante o papado de Gregório XIII (Ugo Boncampagni, 1502-1585), o equinócio da Primavera já estava ocorrendo em 11 de Março, antecipando muito a data da Páscoa. Daí foi deduzido que o ano era mais curto do que 365,25 dias (hoje sabemos que tem 365,242199 dias). Essa diferença atingia 1 dia a cada 128 anos, sendo que nesse ano já completava 10 dias. O papa então introduziu nova reforma no calendário, sob orientação do astrónomo jesuíta alemão Christopher Clavius (1538-1612), para regular a data da Páscoa, instituindo o Calendário Gregoriano.
Essa reforma foi publicada na bula papal Inter Gravissimas em 24.02.1582, e determinava que fossem tirados 10 dias do ano de 1582, para recolocar o Equinócio da Primavera em 21 de Março. Assim, o dia seguinte a 4 de Outubro de 1582 (quinta-feira) passou a ter a data de 15 de Outubro de 1582 (sexta-feira). »
Não sendo nova para mim (e para outros) esta informação, dou comigo a pensar como seria, nos dias que correm, acontecer tal facto.
Provavelmente era o caos, a começar pelas programações das TV's no que a telenovelas diz respeito. Depois seguir-se-iam outras "chatices", nomeadamente, para os aniversariantes desses desaparecidos 10 dias, que ficariam privados das prendas e das festas, já para não falar dos casamentos ou dos divórcios marcados antecipadamente para essa data. E os cheques a descontar nesse intervalo de tempo? Lá se iam os pagamentos e os recebimentos. A falta que esses dez dias nos iriam fazer era qualquer coisa do além!
Só num pormenor estariam na proporção correta: no corte do ordenado - menos dinheiro ficaria a condizer com menos dias de trabalho! É pena que este encurtamento tenha sido há 500 anos e para um mês só.
Há 5oo anos, estas deslavadas linhas estariam a navegar nas profundezas do Tempo, afundando-se na sua não-existência.
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