Não, não ficou tudo bem. Nada bem, mesmo. O ano 2021 começou mal. As gentes interpretaram mal o alívio da restrições na época natalícia, deram em conviver uns com os outros enquanto os números se agravavam numa Europa a braços com crises atrás de crises.
Decretado o estado de emergência, as gentes continuaram a achar que desta vez não se deviam fechar em casa e fazerem arco íris nas janelas ou ficarem nas varandas à noite a bater palmas aos que nunca baixaram os braços.
Para resumir a conversa, grande parte da população marimbou-se para este vírus desgraçado e para todos quanto seguiam as instruções à risca. E os números começaram a crescer com o fermento da falta de noção e do bom senso.
Os hospitais deram sinais de alerta: estavam a caminhar para a ruptura. Não, equipamentos há, não há é pessoal. Sim, faltam aqueles que uma figura iluminada da política convidou a descobrir os caminhos aéreos para terras e onde a sua profissão afinal era valorizada. Foram-se e ficou um vazio que se abre agora ao conhecimento dos que são infectados e internados.
Por falta de cumprimento, as restrições apertaram-se no seu circulo de proibições. As escolas fecham por 15 dias, sem aulas, uma espécie de interrupção letiva à volta de um acontecimento que não religioso mas a pedir fé e esperança.
Deixo aqui os relatórios dos máximos de infectados e mortos, atingido neste mês de janeiro.
Que seja apenas um mês de má memória, que seja não mais que uma lembrança de uma montanha de sofrimento que se ultrapassou.
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