Desde há dois anos que andamos em sobressalto.
Primeiro foi a pandemia que virou a nossa do avesso. E, apesar dos arco-íris do "Vai ficar tudo bem", a verdade é que as nossas rotinas e hábitos foram configurados para um antes de e um depois de.
O início de 2022 trouxe alguma acalmia. Mas em fevereiro chegou a guerra. No tempo de vida da Europa unida, nunca tinha havido uma guerra tão chegada às suas fronteiras externas.
E a nossa vida tornou a guinar. Instalou-se a crise energética. Dispararam os preços de tudo e de mais alguma coisa. Para compor o cenário catastrófico, ronda a ameaça da agudização do conflito com o recurso ao armamento nuclear.
Ora bolas! A década de 20 deste século ainda criança começou bem e ... não se recomenda.
Uma guerra não contempla vencedores ou vencidos em termos de sofrimento, dor e perda. Os mortos civis têm pai, mãe e filhos, e os mortos militares também. Qualquer que seja a nossa perspetiva ou opinião sobre as causas, fundamentos e argumentos dos interventores, não podemos nem devemos perder de vista que em ambos os lados há tragédias.
Erich Marie Remarque plasmou no livro "A Oeste Nada de Novo" o desencanto dos jovens recrutas imbuídos de patriotismo perante a realidade da frente de batalha.
Aqui deixo a leitura do início da obra.
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